Neste post, vou falar sobre como fazer aportes, investir e crescer exponencialmente com os juros compostos.
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Juros compostos
Todos os investimentos têm três resultados possíveis: podem subir, descer ou andar de lado.
Estes resultados ocorrem dentro de um horizonte de tempo, de minutos a anos, dependendo dos objetivos do investidor.
Para um especulador da bolsa pode ser importante o retorno em minutos, ou mesmo segundos.
Já um investidor de longo prazo, vai medir a rentabilidade e o crescimento dos investimentos em meses ou anos.
É importante saber que, se não retirarmos o rendimento do período, este se junta ao montante inicial de investimentos para o período seguinte, ou seja, temos um retorno sobre a soma do que tínhamos no começo e mais o rendimento (juros do período sobre o inicial mais os juros do período anterior).
Crescimento exponencial
Este é o conceito de juros compostos. Veja na imagem a seguir a comparação no crescimento dos investimentos se são feitas retiradas ou mantidos os juros do período anterior.
Neste exemplo, foi considerado um saldo inicial de R$ 100 mil, um rendimento anual com juros de 6% ao ano e simulações com um saque de R$ 5 mil por mês ou sem saque (repare o quanto difere o saldo final ao longo dos anos).
Quanto maior a taxa de juros (rentabilidade do investimento), maior o montante final.
O crescimento dos investimentos é exponencial, ele cresce pouco no início e muito no final. Por isto é importante termos paciência nos investimentos de longo prazo.
Dívidas
O mesmo conceito (invertido como retorno negativo) ocorre com as dívidas.
Qualquer pessoa que já se endividou, principalmente em cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito, sabe como isto ocorre, pois a dívida cresce como uma bola de neve.
Dificilmente iremos encontrar algum investimento para pessoas físicas que tenha um retorno maior que os juros de uma dívida.
Então, antes de investir, pague suas dívidas e diminua suas despesas, conforme o post Como diminuir suas dívidas e despesas.
Como fazer aportes
O conceito de juros compostos e o efeito das dívidas ao longo do tempo deve ser bem compreendido, antes de começar a investir.
Vamos imaginar que você quitou todas as suas dívidas com condições de fazer um aporte a cada mês.
Para se fazer um aporte, é preciso ter primeiramente sua receita (dinheiro novo).
O salário de um empregado, o pró-labore de um empresário, a aposentadoria de um pensionista, etc. são dinheiro novo, pois você não estará retirando ele de outro investimento já realizado.
Fatores psicológicos recomendam “Pague-se primeiro”, antes de tudo.
Ou seja, antes de qualquer coisa, invista.
No livro “Pai Rico, Pai Pobre”, o autor explica que muitas pessoas perguntam “Como pagar a mim mesmo antes de pagar as contas?”.
Mas a pergunta correta não é esta. A pergunta correta seria: “Por que pagar a mim mesmo antes de pagar as contas?”.
Se você aportar um percentual de sua receita, suas despesas serão sempre tiradas do dinheiro que sobrar.
Ou seja, você sempre estará gastando menos do que ganha, ou sempre poupando.
O desafio, sempre difícil, é “encaixar” as suas despesas no montante que sobra.
Mas veja no conceito de dívidas, insustentável a longo prazo gastar mais do que se ganha.
Conclusão
Os conceitos importantes e fundamentais neste artigo foram:
- conceito de juros compostos;
- crescimento exponencial;
- impacto dos juros compostos e dívidas ao longo do tempo.
Antes de começar a investir, é necessário definir quais serão suas políticas de alocação, distribuição e movimentação.