Inovação, startups e novas tecnologias

Neste post, vou falar um pouco sobre o cenário de inovação, startups, novas tecnologias, e sobre o Silicon Valley e a Web Summit.

Inovação: startups

O que é uma startup? Existem diversas definições. Vou pegar emprestado uma da empresa de educação StartSe:

“Startup é uma empresa jovem com um modelo de negócios repetível e escalável, em um cenário de incertezas e soluções a serem desenvolvidas.”

Fonte: https://www.startse.com/noticia/startups/afinal-o-que-e-uma-startup

Normalmente, as startups tem uma sequência de validação de hipóteses de negócio.

Elas partem de um problema e tentam encontrar a solução.

Esta solução pode ser uma forma totalmente diferente da atual, usando uma ou mais novas tecnologias, cujo uso ainda não tinha sido pensado para aquele problema.

Esta solução para o problema pode gerar um produto ou serviço, que a startup vai fornecer aos clientes, dentro de um modelo de negócio.

Este produto ou serviço, muitas vezes criado como um MVP (mínimo produto viável), é testado em situação real.

Nesta primeira fase, normalmente as startups fazem pequenos experimentos para validar a hipótese e verificar se existe mercado consumidor para aquele produto ou serviço.

Uma das características deste produto ou serviço, é que ele deve ser escalável (ou seja, o modelo pode ser replicado com o uso de tecnologia).

Conforme o modelo de negócio vai se estabelecendo e, dependendo do potencial de mercado, o crescimento, de início modesto, pode vir a ser exponencial, devido a escalabilidade e ao uso da tecnologia.

Inovação: novas tecnologias

A lista de novas tecnologias que podem gerar novos negócios, acabar com grandes empresas já estabelecidas e extinguir profissões, é grande.

Algumas são aqui citadas, mas tem muito mais:

blockchain;
cidades inteligentes;
ciência de dados;
computação quântica;
drones;
energia limpa;
health tech;
impressão 3D;
inteligência artificial e aprendizado de máquina;
internet das coisas;
internet global;
realidade virtual e aumentada;
robôs;
veículos autônomos;
etc.

O mais intrigante é que estas tecnologias não são conceitos estanques. Podemos combiná-las dentro de um mesmo produto e/ou serviço, resolvendo de maneira original e/ou melhor um problema.

Silicon Valley

Existem empresas, como a StartSe, que levam pessoas que tenham interesse devido o perfil profissional (executivo, empreendedor, investidor, profissional de inovação, etc.) em missões para aprendizado de como as empresas do Silicon Valley trabalham, e tive a chance de participar de uma viagem assim.

Inovação e startups - vista panorâmica de San Francisco

A cultura do vale é diferente de outros lugares. Dentre as diversas coisas que eu aprendi, posso listar:

errar não é fracassar, é um caminho para o aprendizado e futuro sucesso;
ter uma grande ideia não é nada, sem executá-la e, possivelmente, adaptá-la;
a concorrência é feroz, mas, ao mesmo tempo se compartilha bastante informação;
enorme diversidade cultural na região, gerando uma criatividade também enorme para soluções inovadoras;
grande volume de capital detido por investidores, alguns dos quais ficaram ricos anteriormente, com suas próprias empresas, e dispostos a assumir riscos em negócios promissores;
smart money, o dinheiro vem com a experiência do investidor;
um ecossistema que ajuda muito, composto por universidades, big techs, incubadoras, aceleradoras, coworkings, etc.
há um profundo desejo de transformar o mundo com um novo produto, serviço ou tecnologia;
a inovação pode afetar um negócio já estabelecido, podendo até estar na fronteira da legalidade;
e muito mais.

Web Summit

A Web Summit é o maior evento de tecnologia da Europa.

São mais de mil palestrantes e mais de 50 mil pessoas, reunidos em 3 dias nos mais diversos eventos.

Para quem se interessa por inovação, é uma excelente opção para conhecer o que está acontecendo no momento.

Houve palestras de todas as novas tecnologias que citei no item “Inovação: novas tecnologias”.

Ocorre no final do ano, em Lisboa (em 2020, foi online, devido à pandemia).

Web Summit Lisboa

Algumas dicas:

você não sairá de lá expert em algum assunto por assistir palestras de curta duração. Na minha opinião, a Web Summit é para você ficar antenado com o que está rolando, para onde o mundo caminha e, a partir daí, se aprofundar no que te interessa;
é preciso focar bem nos seus objetivos, para não se perder no meio de tantas palestras simultâneas;
faça um mapa de papel de onde você quer ir, quanto mais rápido você se locomover de um espaço a outro, maior a chance de conseguir um bom lugar – use um mapa de papel, pois o Wi-fi VAI estar congestionado, são mais de 50 mil pessoas tentando se orientar;
visite e faça networking nos stands, tem muitas empresas legais, podem gerar negócios e/ou parcerias;
os primeiros lotes do evento (começam a vender um ano antes) são mais em conta, não deixe para comprar de última hora;