A cotação do Bitcoin, desde novembro/2021, caiu de cerca de US$ 68 mil ficando entre US$ 18 mil e US$ 22 mil.
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O inverno cripto será eterno?
Saber a resposta para esta pergunta é a mesma que prever se as ações vão subir, descer ou ficar de lado.
É impossível.
Devemos, no entanto, nos lembrar que o mercado é cíclico e pode voltar a subir.
Veja aqui um histórico das diversas quedas do bitcoin no passado.
O que aconteceu com as criptomoedas?
Tivemos este pico de US$ 68 mil em novembro/2021.
Desde então, muita coisa aconteceu no cenário cripto, como, por exemplo, o boom das NFT (Non Fungible Tokens), no início de 2022.
Em maio/2022, a stablecoin UST (moeda equivalente a US$ 1), mas cuja equivalência era gerada por algoritmo, em conjunto com o token Terra Luna, não conseguiu manter a paridade prometida.
O crash da Terra Luna afetou o mercado como um todo (Bitcoin e outras criptomoedas).
Muita gente perdeu dinheiro. Alguns, simplesmente tudo!
Como trabalhar o psicológico?
Em primeiro lugar, antes de qualquer coisa, quem perdeu tudo, era porque concentrou tudo em criptomoeda.
Todo e qualquer investimento sem diversificação pode levar à perda de todo o patrimônio.
Eu trato isto através da política de alocação, em que defino exatamente quanto eu posso perder.
No caso das criptomoedas, eu considero como gasto (como um cinema, um sorvete, uma pipoca, um bom jantar num restaurante, etc.).
No momento em que investi, eu considero que gastei tudo (ou perdi tudo). E esqueço que existe.
Sei que não é um raciocínio nem comum, nem fácil. Cada um tem de achar sua forma de pensar. Para mim, funciona, e durmo tranquilo.
Alocação
Decidi dividir nas diferentes criptomoedas, conforme a capitalização de mercado destas no site CoinMarketCap.
Existem tantas criptomoedas (e a cada instante surgem novas), sendo muito difícil acompanhar e alocar em uma carteira.
A ascensão e queda da Terra Luna foram tão efêmeros, que sequer tive tempo de incluir o token em minha carteira.
Logo, não perdi nada. Pura sorte.
Na alocação, nada mudou.
A carteira de criptomoedas na totalidade diminuiu muito, mas mantive as proporções entre elas.
Movimentação
Em 2021, durante a alta das criptomoedas, eu decidi investir 2% anualmente, chegando a 25% em 2029, conforme o quadro abaixo:
Durante este inverno cripto, eu decidi rever esta política, gerando uma entrada mais lenta, sendo 2% a cada ano, alcançando 25% somente em 2040.
Notem também que minha carteira atual (todas as criptomoedas) corresponde a 5% do total do portfólio.
Entrando de forma mais lenta, damos mais tempo do investimento e da tecnologia se provarem viáveis, comprovando não ser uma bolha.
Bitcoin protege da inflação?
Em teoria sim (tecnicamente falando), mas não aconteceu isto agora.
Houve uma correlação muito alta com as ações, que também tiveram quedas.
E é um fato: algo cuja cotação caiu de US$ 68 mil para ficar entre US$ 18 mil e US$ 22 mil não protegeu da inflação.
Lembrando que, embora eu cite somente o bitcoin, a maioria das criptomoedas acompanhou a queda.
A teoria: pelo processo de mineração do bitcoin, novas moedas são criadas e distribuídas para quem minerou e adicionou o novo bloco na blockchain.
Mas as quantidades geradas são reduzidas de tempos em tempos, a cada halving – houve um em 2020.
Além disto, há um limite físico e o algoritmo do bitcoin não irá gerar mais moedas no futuro.
Então, teoricamente, ele é deflacionário, mas não teve este comportamento agora.
Conclusão
Resumindo então, os pontos principais deste post:
- diversificação protege contra as perdas como também o psicológico;
- considere o investimento em qualquer criptomoeda como gasto;
- não houve alteração na alocação das criptomoedas;
- decidi entrar mais lentamente (alterei a movimentação);
- parei de fazer o balanceamento da carteira;
- neste inverno cripto, as criptomoedas não protegeram da inflação.
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